ST 6 UTOPIA, EROTISMO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO SOCIAL: DO FESTIVAL BURNING MAN A UMA PRAÇA BRASILIENSE
Marcelo Augusto de Almeida Teixeira
Universidade de Brasília - UnB
Lucas Brasil Pereira
FAU UNB
Resumo
No Dia do Trabalhador de 2014, um espaço público entre dois blocos comerciais no
Plano Piloto de Brasília foi “oficialmente batizado” pelos seus frequentadores como “Praça
dos Prazeres”. O objetivo era “celebrar e legitimar este espaço como importante ponto de
encontro e fomento cultural” – como escrito na página do evento no Facebook1 –, além de
protestar contra ações governamentais e de vizinhos contra um tradicional bar estabelecido ao
lado dessa praça há sete anos: o Balaio Café, que se tornou um ponto de encontro de
feministas, LGBTs, artistas e estudantes. Funcionando não só como bar, mas também como
local de debates, exibições de filmes, saraus poéticos, shows, oficinas e militância política,
tornando-se referência dentro do Plano Piloto de Brasília enquanto local de público eclético,
liberdade sexual e mobilização política. Entretanto, o estabelecimento do bar no imaginário
político-sexual de Brasília também se deu em meio a conflitos com a vizinhança e com órgãos
governamentais.