ST 3 Fragmentação e conectividade em novas áreas de centralidade metropolitana. O caso de Buenos Aires
Sonia Vidal-Koppmann
CONICET - Universidad de Buenos Aires
Resumo
A nova acepção de regiões dispersas urbanas (Monclús, 1998; De Matteis, 1998; Nel-Lo, 1998, entre outros) mostrou uma morfologia diferente: a de centralidades fragmentadas desenvolvidas ao longo dos corredores de circulação.
Esta nova topologia nas periferias metropolitanas apresenta uma marca socioterritorial, ligadas às mudanças nas práticas cotidianas (Duhau e Giglia, 2008), gerando uma nova lógica espacial.
A morfologia destas centralidades baseadas, por um lado, na localização de grandes projetos arquitetônicos destinados às atividades de comércio e serviços e, de outro lado, em sua relação com as malhas rodoviárias metropolitanas, evidencia esquemas de organização territorial na qual a fronteira entre o rural e o urbano é diluída.
Na região metropolitana de Buenos Aires (RMBA), produto do planejamento exercido pelo mercado imobiliário, constata-se tal transformação. Para embasar, empiricamente, tais considerações, apresentaremos o progresso da pesquisa em dois corredores rodoviários: norte e sudoeste; destacando em ambos a fragmentação territorial e a segregação sociorresidencial. Desta maneira, procuramos expor algumas reflexões teóricas e abrir ao debate quatro questões fundamentais:
a) A relação entre as centralidades e a mobilidade urbana
b) As estratégias dos empreendedores em relação à "financeirização" da cidade e da produção de espaço urbano
c) A banalização dos espaços de centralidade como determinantes da dinâmica urbana
d) A desigualdade e a fragmentação de novas e velhas centralidades e seu impacto socioterritorial