ST 6 DISPUTAS SIMBÓLICAS NA CIDADE MARAVILHOSA: ATORES, INSTRUMENTOS E GRAMÁTICAS TERRITORIAIS

  • Fernanda Ester Sánchez García Universidade Federal Fluminense
  • Bruna Guterman PPGAU / UFF
  • Paula Laiber GPDU UFF

Resumo

As políticas urbanas neoliberais, que conhecemos no Brasil há cerca de duas décadas, vêm sendo formuladas no âmbito de uma economia simbólica que afirma visões de mundo, noções e imagens, as quais acompanham as ações de reestruturação urbana. Operações para reconversão de territórios, grandes projetos urbanos e megaequipamentos culturais ou esportivos são acionados para soldar as forças sociais das cidades e trazidos pela mão de coalizões de promotores urbanos que apresentam projetos de cidade ditos consensuais e competitivos. Frente às realidades da fragmentação, tais operações urbanas procuram, então, integrar simbolicamente a cidade e envolvê-la em uma “política-espetáculo” (Acselrad, 2007). O presente artigo tem como objeto a chamada Cidade Maravilhosa e as disputas simbólicas em torno ao projeto de cidade para os megaeventos Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos Rio 2016. Nesse sentido, o trabalho procura desafiar essa aparente integração simbólica, problematizando suas fissuras, contradições e promessas, que ficaram ainda mais explícitas sobretudo a partir das chamadas Jornadas de Junho de 2013.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas