ST 1 A CIDADE NOS NEGÓCIOS E OS NEGÓCIOS NA CIDADE. NOTAS SOBRE AS OPERACÕES URBANAS NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

  • Regina Bienenstein Universidade Federal Fluminense
  • Glauco Bienenstein Universidade Federal Fluminense
  • Daniel Mendes Mesquita de Sousa Universidade Federal Fluminense

Resumo

O processo de ajuste do capitalismo financeiro e globalizado tem requerido dos administradores urbanos, mundo afora, a adoção de medidas voltadas para fazer frente aos constrangimentos daí advindos. Tal tendência tem afetado sobremaneira as metrópoles da periferia do capitalismo, as quais têm sido campo experimental de um conjunto de inovações que, por sua vez, buscam criar novas fontes de recursos capazes de alimentar iniciativas voltadas à inserção de tais metrópoles no cenário mundial. Neste contexto, as frentes marítimas representam um grande potencial como fator de recuperação urbana, pois fornecem elementos ambientais, qualidade da paisagem e atrativos para a localização das atividades, que contribuem para melhorar significativamente a qualidade de vida, elementos singulares no âmbito da “guerra global entre os lugares”1. No grupo de prescrições e/ou estratégias para enfrentar esta realidade, vinculadas à gestão e ao planejamento das metrópoles contemporâneas, os projetos de grande escala e os megaeventos esportivos são os dois mais importantes. Além destes, há também os vinculados à renovação urbana que, em geral, têm abarcado estratégias centradas em deixar partes da cidade sob o livre arbítrio do mercado imobiliário, estimulando o processo histórico de uso da terra, de que o mercado imobiliário é protagonista. Em geral, o objetivo deste tipo de iniciativa é mudar as leis destas áreas urbanas, criando áreas exclusivas onde o capital imobiliário pode atuar diretamente, sem obstáculos e, talvez mais problemático, sem riscos.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas