SL - 15 Cidades na Pan-Amazônia: Redes Sociais, Conflitos e Identidades

  • Edna Castro NAEA/UFPA
  • José Aldemir UFAM
  • Alfredo Wagner de Almeida UFAM
  • Hélène Rivière D´'Arc CNRS – Paris
  • Brasilmar Ferreira Dep. Sociologia/UnB
  • Gilberto Rocha NUMA/UFPA
  • Thomas Hurtienne NAEA/UFPA
  • Guilherme Carvalho FASE
  • Sirlei Silveira UFMT
  • José Alcântara Jr UFMA
  • Carlos Mattos FASE
  • Massoud Tufi Salim Filho UFPA/NAEA
  • Claudia Diogo Soler UFRR
  • Jadson Porto UNIFAP
  • Manoel Pinto UNIFAP
  • Emmanuel Raimundo Costa Santos UNIFAP
Palavras-chave: Pan-Amazônia, Redes Sociais, Conflitos, Identidades

Resumo

Muitos trabalhos de pesquisa em ciências sociais se baseiam em esquemas conceituais que privilegiam o entendimento da cidade enquanto espaço de reprodução, de acesso aos serviços e de consumo de massa. A percepção do urbano se restringe a cidades idealizadas a partir de um dado padrão da sociedade moderna. Esse é o primeiro ponto da crítica ao olhar homogeneizador que define a cidade pela relação com o capital e ainda pela sociedade industrial. Talvez justamente por falta de um olhar capaz de captar a diversidade dos tipos de agregados, alguns autores concluam erroneamente, que na Amazônia, excetuando as grandes e talvez as médias cidades, não há uma real malha urbana que interligue cidades em escalas diferentes, e conseqüentemente, segundo essa percepção, as demandas por direitos e “serviços urbanos” que se originam em aglomerados de escalas menores, não são contempladas nas agendas de políticas públicas e mesmo de organizações que realizam mediação e intervenção. Certamente escapa também uma percepção a partir de contextos culturais, de identidades e subjetividades subjacentes a esses aglomerados que podem ser pequenas e médias cidades, povoados, vilas e aldeias, considerando o rural e o urbano enquanto territórios com afinidades histórica e cultural e por isso precisando ser entendidos para além da dicotomia rural e urbano. Permanece assim o dilema de como entender o que são as cidades Amazônicas e essa relação que elas têm com o mundo das atividades “rurais”, da agricultura familiar à pesca, ou mesmo de uma organização étnica. Não encontra-se, de forma satisfatória, descrições valorizando a complexidade existente em aglomerados humanos localizados em diferentes áreas, estados e países com região amazônica.

Partindo deste entendimento a presente proposta de Sessão Livre tem como objetivo reunir pesquisadores interessados em discutir perspectivas metodológicas sobre cidades na Pan- Amazônia. Retomando as linhas de interpretação do Seminário Cidades da Floresta realizado em Belém, novembro de 2006, pretende aprofundar a discussão e definir alguns parâmetros teóricos e metodológicos dos projetos de pesquisa em curso sobre cidades na Amazônia e para funcionamento da Rede de Cidades da Pan-Amazônia. Reúne, assim, várias instituições universitárias (e projetos de pesquisa) e o Observatório COMOVA do qual fazem parte a UFPA e a FASE.

Publicado
2019-03-27
Seção
Sessão Livre