GT5 - 231 Águas do Acre

  • Ecio Rodrigues Universidade Federal do Acre
  • Raul Torrico Universidade Federal do Acre
Palavras-chave: Acre, Hidrologia, Imaginário, Bacia Hidrográfica, Assoreamento, Mata Ciliar

Resumo

Não deixa de ser paradoxal para uma população de origem nordestina, que colonizou o Estado fugindo das grandes secas do nordeste, acreditar que a água seja verdadeiramente um problema em uma região com uma rede hidrográfica tão exuberante. A idéia de fartura de água fixada no imaginário dos antepassados do tempo da extração da borracha ainda é muito presente para as populações atuais. Todavia, o Rio Acre, principal fonte de abastecimento das áreas urbanas do estado, e do qual dependem, além da capital, os municípios de Xapuri, Epitaciolândia e Brasiléia, é um rio com elevados índices de saturação de sólidos em suspensão, com graves trechos de assoreamento, sem peixes e, o que é mais grave, com vazão comprometida. Inserindo-se em tal contexto, o presente artigo pretende singelamente apresentar um diagnóstico da importância das bacias hidrográficas acreanas - não só para o próprio Acre, mas também para os estados e países fronteiriços -, situando sua condição atual e chamando a atenção para a urgência de uma discussão pública, da qual participem todos os setores envolvidos, acerca das possibilidades dessa rede hidrográfica. Ao final, são sugeridas algumas medidas como soluções simples e possíveis, de acordo com a capacidade de investimento público local, para os graves problemas enfrentados pelo Estado.

Publicado
2019-03-12
Seção
Sessões Temáticas