GT1 - 863 Desigualdades Sócio-Espaciais, Democracia e Gestão Metropolitana

análise do desempenho institucional em Goiânia (1997-2006)

  • Adão Francisco de Oliveira UFG
  • Aristides Moysés UCG
Palavras-chave: Desigualdade, Desigualdades Sócio-Espaciais, Democracia, Gestão Metropolitana, Goiânia, Goiás, Mercado Imobiliário, Desenvolvimento Imobiliário

Resumo

O desenvolvimento urbano de Goiânia e a sua conseqüente formação metropolitana resultou na constituição de uma série de novos problemas sócio-territoriais. Destes, chama a atenção a irradiação das desigualdades, explícitas nesta nova “ordem” (ou caos?) pela descentralização dos investimentos imobiliários de luxo – tais como os condomínios para a classe média-alta – e pelos de mercado em geral. Com isto, os recantos da cidade passaram a reproduzir a relação isotopia-heterotopia, ou seja, as formas e condições da referência urbana e a sua diferença. Contudo, na diferença destaca-se a segregação sócio-espacial, tornando-se no principal desafio a ser superado pelo esforço metropolitano. Para tanto, a Constituição da República de 1988 muniu a institucionalidade com uma série de dispositivos que causam a descentralização administrativa e a democratização das decisões das políticas públicas. Um dos principais sentidos para isso é absorver a potencialidade das sócio-lógicas (Lefebvre, 1999) na resolução dos problemas e, conseqüentemente, dos conflitos sociais. Diante disso, este trabalho pretende responder como que as gestões municipais de Goiânia, entre os anos de 1997 e 2006, se utilizaram da poliarquia (Dahl, 1997), ou seja, da ampliação da condição democrática para resolverem os problemas advindos das desigualdades sócio-espaciais na cidade.

Publicado
2019-02-19
Seção
Sessões Temáticas