ST6 - 895 O PAMPA EM FILMES DO SUL: A PAISAGEM COMO IMAGEM

  • Marina Cañas Martin
  • Éber Pires Marzulo
Palavras-chave: imagem, paisagem, discurso fílmico, América do Sul, Pampa

Resumo

Este artigo parte de duas premissas: 1) a compreensão da paisagem enquanto imagem de um território, e 2) a possibilidade de analisar o discurso como instaurador do real. Primeiro pressuposto traz a tona um grau de especificação de compreensão sobre a noção de paisagem: imagem de território. Segundo pressuposto rompe com a abordagem clássica representacional. Definida como imagem, entende-se que a paisagem pode ser analisada com rigor como um discurso. Seja fotográfico, pictórico, escultórico ou audiovisual. Cada discurso estabelecido desde a imagem tem taxionomia particular. Aqui se estará analisando a paisagem desde discursos audiovisuais fílmicos, em função da relevância que a imagem audiovisual assume nas sociedades contemporâneas tendo como paradigma a produção fílmica. Na abordagem, a paisagem perde seu estatuto de imagem estática para ganhar movimento. O percurso analítico estabelecido define que 1) a instauração do real deriva de batalhas discursivas, 2) a imagem constitui discurso e 3) toda a paisagem se institui como imagem. Daí impor-se à análise a necessidade de estabelecer critérios para definição dos discursos fílmicos a serem investigados como instauradores de uma determinada paisagem. No caso, a construção da paisagem do território pampiano como constitutivo de certo amálgama identitário do sul do Brasil, Uruguai e Argentina. Para tanto, o artigo se utiliza de imagens dos filmes Anahy de las Misiones, Un lugar en el nundo e El viaje hacia el mar, na busca da compreensão de como os discursos audiovisuais contemporâneos afirmam atualizando a existência de uma região enquanto paisagem cultural. Entra em foco a paisagem pampiana.

Publicado
2018-10-10
Seção
Sessões Temáticas