GT 9 - 556 A QUESTÃO DA FRONTEIRA DAS METRÓPOLES E A REORGANIZAÇÃO REGIONAL EM SEU ENTORNO: REFLEXÕES A RESPEITO DE MUDANÇAS DO PARADIGMA DA URBANIZAÇÃO

Resumo

Já tentamos, há algum tempo, interpretar determinados fenômenos específicos de transformações urbanas e regionais em torno de metrópoles como sinais do advento de uma nova sociedade: perguntamo-nos se surge, afinal, a “sociedade urbana” com a explosão/implosão, como dizia Lefebvre, das grandes cidades contemporâneas (LEFEBVRE 1999) (vide por exemplo em RANDOLPH 2005, RANDOLPH, GOMES, 2007 a,b,c,d, RANDOLPH, LOPES 2006, RANDOLPH, ARAÚJO, OTONI 2008). Esse conceito de Lefebvre não se confunde com aquele da “sociedade urbana” preconizada por PEREIRA DE QUEIROZ 1978 na sua abordagem da trajetória da sociedade tribal à sociedade urbana. Originalmente, essa abordagem tinha sido influenciado pela hipótese de que a difusão das novas tecnologias de informação e comunicação em economia, administração, educação, cotidiano etc. iam contribuir significativamente para a crise das cidades e que essa culminaria finalmente numa superação – e não na mera negação - da atual expressão do urbano nas cidades (industriais). Semelhante ao que se observou nas cidades do ocidente em momentos históricos anteriores, surgiria uma nova expressão que não extingue simplesmente as expressões históricas anteriores, mas as submete ao predomínio de uma nova forma espacial urbana. Essa nova forma tornar-se-ia hegemônica na configuração da totalidade espacial da sociedade como aconteceu por ocasião do advento da cidade industrial que não extinguiu, muito menos ainda em países fora dos “centros metropolitanos” do mundo, a cidade mercantil e essa não a cidade política; uma periodização utilizada por Lefebvre (1999) para analisar a trajetória ocidental do urbano desde a polis grega até as cidades contemporâneas.