GT8 - 1 - 737 O TERRITÓRIO COMO ARENA DE DISPUTA DE DIFERENTES MODELOS DE DESENVOLVIMENTO: AS ESTRATÉGIAS DA ALCOA E DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS EM JURUTI, OESTE PARAENSE

  • Lindomar de Jesus de Sousa Silva
Palavras-chave: bauxita, Juruti, oeste paraense, índios mudurukus, desenvolvimento sustentável, comunidades tradicionais

Resumo

A implantação da extração de bauxita pela ALCOA na região de Juruti, oeste paraense, constitui uma violação aos direitos territoriais de comunidades tradicionais descendentes dos índios mudurukus, provocando uns conjuntos de ações visando à afirmação e o reconhecimento pela empresa e órgão públicos da comunidade enquanto tradicional. Desse movimento surgiu a articulação de redes de apoio, tendo a Igreja católica, representadas pelas Irmãs Franciscanas de Maristela, como uma das instituições fundamentais no processo. Surgiu do processo de organização a Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho – ACORJUVE, como entidade designada a falar pelas comunidades tradicionais. No outro lado, a Alcoa, também, desencadeou o processo de melhoria da sua imagem junto às comunidades, como o Juruti Sustentável, uma agenda positiva, baseada na agenda 21, que busca envolver o poder público, sociedade e empresários para formulação e implementação de uma agenda voltada para desenvolvimento sustentável de Juruti. A ALCOA ainda criou o fundo Juruti sustentável, que em 2009 apoio 21 projetos comunitários. Portanto, o presente texto busca apresentar as diferentes estratégias adotadas pela ALCOA e comunidade tradicional visando à defesa de sua concepção de desenvolvimento em Juruti, oeste paraense.

Publicado
2019-01-23
Seção
Sessões Temáticas