GT7 - 1014 “BAÍA DA PETROBRÁS”: CONFLITO AMBIENTAL NA BAÍA DE GUANABARA (RJ) NO LIMIAR DO SÉCULO XXI

  • Pedro Henrique C. Torres
  • Raquel Giffoni
Palavras-chave: COMPERJ, Baía de Guanabanara, Magé, fluminense

Resumo

O objetivo deste estudoi é problematizar a visão hegemônica corrente seja da mídia, do senso comum ou mesmo da academia, sobre os impactos da exploração do Petróleo e Gás no Estado do Rio de Janeiro do século XXI.
Em um Estado que passou décadas em decadência econômica e busca sua recuperação o Petróleo, e, sobretudo os royalties passíveis de serem obtidos a partir de sua exploração, são vistos por governos (das três esferas), empresários e mídia como uma grande redenção da população fluminense rumo ao desenvolvimento.
Pouco se discute, no entanto, os riscos, os impactos e conflitos ambientais decorrentes desse tipo de exploração. E, mais do que isso, não se consideram alternativas possíveis que poderiam ser buscadas para promover no Estado um outro desenvolvimento.
Inserido no campo do planejamento urbano e buscando refletir sobre os conflitos ambientais dentro deste contexto, o presente trabalho é fruto de mais de dois anos de pesquisa e interesse em relação aos impactos ambientais e a conseqüente degradação da Baía de Guanabara no Rio de Janeiro, sobretudo a partir do aumento das atividades relacionadas ao setor do petróleo e gás na região, na passagem do século XX para o XXI.
A idéia é expor um evento recente, no município de Magé, em que pôde-se verificar a presença de distintos atores presentes neste território, no qual a disputa pelos recursos naturais, ou os agravos ambientais causados por grandes empresas, resultaram em impactos diretos sobre a população local. E ainda refletir sobre a escolha localizacional do município de Itaboraí, na Baía de Guanabanara, para a construção do maior empreendimento da história da Petrobrás: o COMPERJ.

Publicado
2019-01-22
Seção
Sessões Temáticas