GT6 - 938 SABIAGUABA: A COMUNIDADE, A PONTE E OS SERVIÇOS AMBIENTAIS DO ECOSSISTEMA MANGUEZAL DO RIO COCÓ EM FORTALEZA/CEARÁ – O RIO COMO FRONTEIRA AO URBANO

  • Davi Aragão Rocha
  • Antônio Jeovah de Andrade Meireles
Palavras-chave: Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará, Rio Cocó, ecossistema manguezal, serviços ambientais

Resumo

O presente trabalho é um estudo sobre os aspectos ecodinâmicos e serviços ambientais do ecossistema manguezal, especialmente o do Rio Cocó, e sua importância para a comunidade da Sabiaguaba e para a cidade de Fortaleza – Ceará – Brasil. Estuda-se, prioritariamente, o bairro Sabiaguaba, localizado na foz desse rio, sendo essencial a boa manutenção dos ecossistemas naturais lá existentes para a vida da população.
Os manguezais são ecossistemas onde há uma grande quantidade de trocas e fluxos entre mar, rio e floresta, além dos fluxos entre os seres. Possuem enorme importância para o planeta, pois, estando entre os maiores produtores de matéria orgânica, desempenham diversos serviços ambientais, influenciando diretamente os ecossistemas adjacentes e indiretamente vários outros. Por serem ecossistemas de frágil manutenção e de essencial importância para diversos outros, é necessário grande cuidado ao realizarem-se obras que afetem a dinâmica dos fluxos.

Sabiaguaba é um bairro que, apesar de estar em uma das maiores cidades brasileiras, apresenta vários aspectos da vida no campo, inclusive no quesito ambiental, sendo um dos últimos locais da capital cearense que possui boa preservação de ecossistemas.
Tendo em mente esses fatos, este artigo, após o estudo sobre o ecossistema manguezal do Rio Cocó, realiza uma pesquisa da vida em Sabiaguaba, discutindo sobre as fronteiras entre o “urbano” e o “rural, procurando perceber se o bairro e a população que lá reside se enquadram em algum desses conceitos.
Partindo daí, faz-se um estudo sobre a ponte recém construída na foz do Rio Cocó, ligando de forma mais direta o bairro Sabiaguaba aos bairros mais amplamente urbanizados da capital. Questiona-se os objetivos de tal obra e as possíveis consequências ambientais e sociais dessa construção, realizando-se uma discussão sobre a dominação do espaço e do tempo pela cidade.

Publicado
2019-01-17
Seção
Sessões Temáticas