GT6 - 884 ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA NA AMAZÔNIA: UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE MANAUS/AM

Resumo

Arquitetura Bioclimática
A prática da arquitetura e do desenho urbano, por várias vezes, concretiza-se sem levar em consideração os impactos que provocam no ambiente, ocasionando não somente o desequilíbrio do meio, mas também o desconforto e a falta de salubridade para a população urbana.
O meio natural não aparece devidamente tratado, resultado do fato de que a urbanização excessiva coloca em segundo plano as características do local, incluindo nesse descaso o relevo e outras características morfológicas do sítio.
Sabe-se que, adequar a arquitetura ao clima de um determinado local significa construir espaços que possibilitem ao homem condições de conforto. Portanto, cabe a arquitetura amenizar as sensações de desconforto impostas por climas muito rígidos, como o excesso de calor, frio ou ventos, bem como propiciar ambientes que sejam, no mínimo, tão confortáveis como os espaços ao ar livre em climas amenos.
Segundo Romero (2007), considerando só as variáveis bioclimáticas, esse meio, na maioria dos casos, mostra-se agressivo ao homem (pela presença da temperatura, da umidade, das precipitações, da insolação e do vento), necessitando, portanto, de ser controlado para que atenda às suas necessidades.
Nessa perspectiva, de acordo com Neves (2006), o processo lógico de concepção arquitetônica consiste em trabalhar em harmonia com o que a natureza oferece, adaptando máximo possível os edifícios ao clima em que estão inseridos. A correspondência entre características arquitetônicas e determinadas zonas climáticas é o princípio fundamental da chamada Arquitetura Bioclimática, que procura minimizar os impactos resultantes de uma intervenção no meio e obter uma relação harmônica entre a paisagem e a construção.
No entanto, a expressão ‘projeto bioclimático’ foi criada somente na década de 1960, pelos irmãos Olgyay, “procurando expressar a arquitetura que busca satisfazer as exigências de conforto através de técnicas e materiais disponíveis, de acordo com as condições climáticas do lugar”. (NEVES, 2006, p. 21).