GT2 - 217 A CIDADE DE ILHA SOLTEIRA COMO LABORATÓRIO DA FORMA-CONDOMÍNIO
Resumo
A análise da construção da cidade de Ilha Solteira no extremo oeste paulista entre 1964 e 1975 permite examinar como essa experiência constituiu um laboratório de concepção e prática da “forma-condomínio”. A pesquisa documental procura perseguir os elos e circuitos de idéias, preceitos e concepções de cidade entre a construção teórica e a construção empírica da cidade. O redesenho da nova realidade urbana, o agenciamento dos elementos que a configuram, os agentes desse processo e seus objetivos programados parecem servir como um campo privilegiado de análise a elucidar alguns traços da realidade urbana contemporânea que parecem obscuros. Especialmente aqui se pretende analisar como Ilha Solteira funda a “forma-condomínio” como modelo de cidade na realidade brasileira, compreendendo uma série de traços que vêm se tornando cada vez mais presentes e dominantes nas cidades, notadamente pautados pela alteração da natureza da relação espaço público-espaço privado. Nesse caso, Ilha Solteira nos permite observar como foi projetada a ausência da política no espaço urbano.