GT1 - 1240 BRASÍLIA: AS LINHAS RETAS PELO AVESSO OU NO ENTRECORTAR DO USO
Resumo
Este artigo tem como objetivo compreender algumas expressões da metrópole que emergem no uso cotidiano do espaço. O ponto de partida é compreender a utilização/inserção no espaço do Plano Piloto de Brasília por aqueles que de certa maneira rompem com as normatizações do uso e fazem emergir as contradições urbanísticas. Torna-se necessário ressaltar que não analisamos o plano urbanístico de Lúcio Costa, muito menos o desdobramento da urbanização contemporânea, ainda que tais elementos formem a tessitura em nossa análise. Antes estamos, metodologicamente, refletindo por meio da prática e pelo conhecimento, a realidade expressa no sentido da cidade. Tais expressões desvelam o avesso do plano urbanístico e consequentemente da urbanização que em consonância com a reprodução do espaço faz emergir partes da metrópole. Neste sentido, aparecem outras apropriações na tensão constante e contraditória do fazer a sociedade urbana. Tais apropriações, que nos interstícios do processo de urbanização emergem, são os fios nos quais o espaço vivido se articula tanto ao espaço concebido quanto ao espaço percebido nos desvãos do Plano Piloto de Brasília e compoe seu sentido.