GT1 - 575 SAÚDE E CIDADE: POSSIBILIDADES E LIMITES DE TRANSFORMAÇÃO URBANA NAS PROPOSTAS DA SAÚDE COLETIVA
Resumo
Saúde e cidades são temas que se aproximaram e afastaram no decorrer do tempo. No início do século XX, constituíam um único campo de planejamento e atuação, voltado ao desenvolvimento econômico e social do país que simultaneamente se urbanizava e modernizava. Nas décadas seguintes, diversos fatores as distanciaram, entre eles a revolução científica e a incorporação da técnica como via privilegiada para a restauração da saúde: o coletivo cedia lugar ao individual. Na década de 1970, os campos voltam a se aproximar, diante da inequívoca relação entre condição de vida urbana e perfil de saúde da população. Análises e ações propositivas de intervenção urbana partiram do campo da saúde, entre elas movimentos conceituais (Saúde Urbana e Determinantes Sociais da Saúde) e operacionais (Promoção da Saúde, efetivada pela proposta das Cidades Saudáveis). Este artigo analisa as proposições destes movimentos sob a ótica do planejamento urbano no Brasil, procurando compreender o potencial e os limites da aplicação nacional destas propostas de origem canadense e europeia de intervenção sobre os condicionantes urbanos da saúde.