ST1 - 720 DE QUAL CENTRO E PERIFERIA ESTAMOS FALANDO? EVIDÊNCIAS ACERCA DE “MOBILIDADES” DA FORÇA DE TRABALHO E CONDIÇÕES DE VIDA EM REGIÕES METROPOLITANAS SELECIONADAS

  • Rodrigo Nunes Ferreira
  • Ralfo Edmundo da Silva Matos
Palavras-chave: migrações internas, periferias metropolitanas, pobreza urbana

Resumo

A investigação sobre áreas centrais e periféricas de quatro grandes regiões metropolitanas do Brasil contemporâneo se faz a partir da discussão sobre dois tipos de mobilidade da força de trabalho, a mobilidade geográfica (migrações internas) e a mobilidade econômica ascendente (expansão da renda). Os resultados indicam que entre 2000 e 2010 as metrópoles de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza experimentaram esses tipos de mobilidade em meio a melhora geral das condições de remuneração dos trabalhadores migrante e não-migrante. Não obstante a aceleração do processo de urbanização das últimas décadas, o quadro de carência de infraestruturas básicas e de habitações condignas, notadamente nas periferias dessas grandes cidades, há evidências de maior inserção ocupacionais dos dois grupos populacionais, com a supremacia dos migrantes sobre os não-migrantes em termos de renda mediana auferida no trabalho segundo dados censitários. A perspectiva de que a expansão da ocupação e renda traga benefícios ao padrão habitacional de periferias metropolitanas não deve ser negligenciada em análises subsequentes, que explorem outras características dos domicílios, sobretudo se houver continuidade de ganhos de remuneração sustentados por conjunturas econômicas de crescimento no decorrer da atual década.

Publicado
2018-09-27
Seção
Sessões Temáticas