ST7 - 944 CASA QUE TE QUERO CASA… REFLEXÕES SOBRE AS FORMAS E FUNÇÕES DAS MORADIAS POPULARES

  • Rosemere Santos Maia
Palavras-chave: Casa, Territorialidade, Identidade, Cidade, Pobreza urbana

Resumo

O presente artigo aborda a casa dos segmentos populares nas suas múltiplasdimensões, demonstrando como suas velhas enovas funções revelam-se por intermédio das da sua forma e conteúdo. É indiscutível a importância detida pela casa nas mais diferentes sociedades e, mais que isto, é sabido que para além da evidente dimensão material que agrega– à medida que se trata de um objeto arquitetônico-, também concorrem elementos de ordem subjetiva e intersubjetiva na sua constituição enquanto lócus de moradia e vivência cotidiana. Neste sentido é que entendemos que a casa só pode ser compreendida como espaço vivo, onde são tecidas relações – em geral, contraditórias - entre sujeitos sociais.Detendo um valor inestimável para os seus moradores, a casa comunica aidentidade de quem a habita; promete abrigo, segurança, privacidade, liberdade eintimidade; estabelece um “corte” com o “mundo exterior”, deixando-o em suspenso,ao mesmo tempo em que se afi rma enquanto um “pedaço” para os que se intitulamseus “donos”; pode ser tanto “vitrine” – espaço que distingue uns de outros, pelas dascores, formas e bens que exibe, como pode transmutar-se em local de labuta, espaço detrabalho incansável. Seja lá como for pensada ou vivida, a casa é lócus de contradições.

Publicado
2018-10-11
Seção
Sessões Temáticas