ST 1 A PRODUÇÃO DO CENTRO E DOS SUBCENTROS NO ESPAÇO METROPOLITANO DA RIDE-DF

  • Sérgio Magno Carvalho de Souza UnB – Programa de Pós-Graduação em Geografia
  • Lúcia Cony Faria Cidade UnB – Programa de Pós-Graduação em Geografia

Resumo

O processo recente de produção do capitalismo global tem causado diversos impactos nas formas pelas quais as os espaços urbanos se organizam. De forma geral, os espaços metropolitanos partiram de uma organização em torno de uma única centralidade para espaços policêntricos; e de espaços compactos para espaços dispersos. Nas metrópoles brasileiras, este processo ocorreu em concomitância com o que tem sido chamado de segregação socioespacial das populações mais pobres e a apropriação dos pontos de maior acessibilidade aos centros de negócio pelas classes média e alta. No caso específico de Brasília - o Distrito Federal -, tem-se um espaço produzido em larga medida via planejamento governamental. Assentamentos residenciais voltados para a população mais pobre caracterizaram-se por forte dependência do centro principal de empregos e serviços, o Plano Piloto. Nesse caso, o que tem sido referido historicamente como estrutura polinucleada caracterizou-se como uma distribuição espacial marcada por áreas relativamente distantes do centro, carentes de equipamentos urbanos e de empregos. À medida que se intensificam as ocupações de terras por condomínios horizontais de renda média e alta, a expansão do espaço construído e a verticalização de novos bairros, começam a se consolidar núcleos notadamente ligados ao comércio e serviços.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas