ST 1 DISPERSÃO, ADENSAMENTO E SUPERAGLOMERAÇÃO URBANA EM SÃO PAULO: SUBSÍDIOS À FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE CARÁTER TERRITORIAL

  • Manoel Lemes da Silva Neto Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Resumo

Nos anos 1970, quando a população urbana brasileira ultrapassou a rural e a taxa de urbanização acelerou-se, a urbanização do País deu uma guinada. De 56%, naquela época, passou para 81%, em 2000. E a tendência é de que esteja se estabilizando nesse patamar. Em 2010, a taxa foi de 84%. Desde então, ao termo “urbanização” têm sido associados vocábulos que enfatizam a intensidade de transformações na história recente. Por exemplo, “urbanização do território”, “macrourbanização” (Santos, 2005), “urbanização extensiva” (Monte-Mór, 1994) e “urbanização dispersa” (Reis, 2006). São conceituações que chamam atenção para o alastramento espacial do fenômeno. Reportando-se à expansão do “meio técnico-científicoinformacional” (Santos, 1996, p. 190-192), essa ampliação das áreas urbanas é característica marcante do fenômeno. Nesse contexto geral, a nossa proposta é abordar a dispersão, o adensamento e a superaglomeração urbana enquanto feições espaciais associadas à configuração territorial do fenômeno da urbanização contemporânea, particularmente no Estado de São Paulo. As variáveis em jogo compreendem importantes chaves analíticas para a explicação da urbanização contemporânea, como o aumento da densidade técnica no território correlacionada à privatização de serviços, equipamentos e infraestruturas e à exacerbação de desigualdades socioespaciais.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas