ST 2 INSTITUCIONALIDADES DO PLANEJAMENTO E GESTÃO TERRITORIAL: DESAFIOS DA GOVERNANÇA DEMOCRÁTICA NUMA PERSPECTIVA INTERESCALAR

  • Luiz Carlos Schneider PROPUR-UFRGS
  • Heleniza Ávila Campos PROPUR-UFRGS

Resumo

A Constituição Federal Brasileira (CF) de 1988 deu origem a um processo de descentralização que conferiu aos municípios autonomia e responsabilidade sobre o planejamento e a gestão do seu território. São os municípios que devem elaborar de forma participativa seus planos de ordenamento territorial e de desenvolvimento e, em especial, a partir do seu Plano Diretor Municipal, elaborar a principal referência de diretrizes de desenvolvimento do seu território. Contudo, no que toca às diferentes regiões brasileiras (em macro e micro escalas) a disparidade das condições de desenvolvimento desafia a própria autonomia municipal no que diz respeito à capacidade de atendimento das suas obrigatoriedades legais. Por exemplo, frente às novas lógicas das formas de produção e consumo da acumulação flexível do capital, a formação de aglomerações produtivas de pequenas e médias empresas, a emergências das redes, a fragmentação progressiva dos territórios municipais, as crescentes demandas sociais, as fragilidades e mesmo potencialidades do planejamento e gestão apresentam-se também em escalas supramunicipais.
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas