ST 5 VULNERABILIDADE SOCIAL E ACESSO A EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE EDUCAÇÃO INFANTIL, CULTURA E LAZER NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE – MG

  • Rodrigo Nunes Ferreira Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (IGC-UFMG)

Resumo

As grandes cidades brasileiras vivem diante de um paradoxo: são locais de grande concentração de atividades econômicas e motores de uma economia crescentemente globalizada e, ao mesmo tempo, lugares da visibilidade da pobreza e da incompletude da infraestrutura urbana e social que marca a urbanização brasileira. Como resumido por Matos (2006), as contradições do processo de urbanização que modelou as grandes cidades brasileira se manifestam nos mais diversos âmbitos: a cidade é privatizada, segregada e segmentada, apesar das tentativas de gestão democrática e participativa; é dinâmica, excludente e desigual, apesar de potencializar o surgimento de novos arranjos institucionais envolvendo novos atores e práticas inclusivas; é reflexo da flexibilização, precarização e desregulamentação dos mercados de trabalho e coloca lado a riqueza e a pobreza, apesar de fora dela a segregação e a pobreza, embora menos visíveis, sejam mais irredutíveis (Matos, 2006, p. 58). É nas grandes concentrações urbanas que a desigualdade socioespacial no acesso à cidade se manifesta em toda sua intensidade, seja na amplitude da informalidade e da irregularidade, seja na distribuição diferenciada da infraestrutura de serviços e equipamentos urbanos de todos os tipos (Lacerda e Bernadino, 2014).
Publicado
2019-05-01
Seção
Sessões Temáticas