ST 8 A TEORIA DOS POLOS DE CRESCIMENTO E O DIÁLOGO ENTRE O PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL: PERMANÊNCIAS E AUSÊNCIAS NA URBANIZAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
JEFERSON CRISTIANO TAVARES
IAM-FAAM Centro Universitário e Escola da Cidade
Resumo
A Teoria dos Polos de Crescimento foi desenvolvida por François Perroux (1955),
com o objetivo - entre outros - de analisar a organização do espaço a partir das atividades
industriais. Economista francês, Perroux lecionou na Faculdade de Direito de Paris e no
Collège de France e foi fundador – ao lado do Pe. Lebret, entre outros -, do Movimento
Economia e Humanismo, na década de 1940 na França (Chiquito, 2011, p. 143, 169, 182).
Uma das principais conclusões dos seus estudos foi sobre as formações heterogêneas do
espaço em decorrência das ações econômicas que incidem sobre ele e como os centros
urbanos e as aglomerações industriais podem promover um desenvolvimento equilibrado pelo
território.
Na concepção de Perroux, polos são as concentrações de atividades industriais
que geram riqueza e mercados para as suas áreas satélites. Podem ser considerados, portanto
como conjunto de firmas motrizes que influencia a cadeia econômica. A origem dos polos
está na concentração e no desenvolvimento de uma atividade industrial distribuída num raio
geográfico que é responsável pela variação de fluxos e produtos. O atendimento às
necessidades coletivas derivadas dessas concentrações, como a moradia; o transporte; os
serviços públicos; etc. - ao lado das atividades complementares da indústria motriz – são
consideradas responsáveis pelo aumento das rendas e dos benefícios gerados à população
(Perroux, 1966b, p. 3-8).