GT2 - 1021 Crescimento das Cidades, das Metrópoles e do Interior no Brasil Contemporâneo

  • Rosana Baeninger NEPO-UNICAMP
  • Fausto Brito CEDEPLAR-UFMG
Palavras-chave: Crescimento, Desenvolvimento, Metrópole, Interior, Brasil Contemporâneo

Resumo

A mudança no padrão de urbanização brasileiro iniciou-se, já nos anos 80, justamente com o menor crescimento das áreas metropolitanas e com enormes transformações no processo de redistribuição espacial da população. Os primeiros anos da década de 90 consolidam esta tendência, deixando as regiões metropolitanas, em especial suas sedes, perderem posições no ranking das maiores taxas de crescimento do país. O ritmo de crescimento da população urbana apresentou expressivos decréscimos a partir dos anos 80, indicando a importância da espacialização e da utilização da dimensão territorial para o entendimento dos processos demográficos. Desse modo, o crescimento das pequenas e médias cidades, retratado pelo Censo de 1991 e de 2000, bem como a nova realidade das dinâmicas regionais, contribuíram significativamente para não agravar ainda mais o caos urbano- metropolitano que se previa. Por outro lado, a emergência de novas aglomerações urbanas, centros e subcentros metropolitanos e não-metropolitanos, bem como os crescimentos dos pequenos municípios, ancorados nos espaços das aglomerações urbanas, constituem novos arranjos espaciais no desenho da rede urbana brasileira, onde a dualidade metrópole – interior começa a perder força, pelo menos no que se refere ao processo de distribuição da população urbana. Este estudo busca delinear os ritmos diferenciados de crescimento populacional das cidades, das metrópoles e das áreas interioranas no Brasil, apontando para a importância crescente de territorialidades dinâmicas “fora das fronteiras metropolitanas”.

Publicado
2019-02-26
Seção
Sessões Temáticas